- Cometeu um grande erro tentando destruir o período de paz que reina sobre este mundo... |
O punho gigantesco se contraiu. E, lentamente, a aura dourada que cintilava ao redor daquele bestial guerreiro começou a se inflamar e a se expandir. Uma redoma de energia começou a quicar pelo ar, como se, esta, galgasse uma trilha indecifrável à medida que flutuava mais e mais em sua órbita desconcertantemente desequilibrada. O sol do meio-dia era brilhante, como uma bola de fogo suspensa sobre um fio invisível. Seu calor era denso e angustiante – uma gota de suor percorreu a tez morena e marcada na altura da testa. Aquele clima meridional não era especialmente familiar, mas possuía uma marca tão abrasivamente tropical que, por alguns segundos, lhe remeteu à selva concreta do coração do Rio deJaneiro. O cenho franzido, marcado por um ligeiro desconforto de rigidez – os braços pareciam toras espaçadas por um grande tronco do mais vigoroso buriti. A figura carrancuda daquele gigante dos mares lhe contemplava tal qual um abismo olha para a ponte incerta a ligar dois penhascos. Aldebaran, observado pelo animal indomável, parecia balançar, mas, interiormente, no auge de sua fibra não apenas muscular, mas espiritual, era um touro obviamente diferente dos demais... |
- Sobre a Terra deste planeta já foi derramado muito sangue. A era das mortes já está encerrada e não será você, miserável, que conseguirá romper este belo ciclo que se iniciou com a morte do mal no coração de Saga...vou lhe enviar para as profundezas do abismo de onde jamais deveria ter saído. Porque, nesta Era, não há lugar para você. Não no mundo governado pela deusa... ATHENA! |
Verdadeiramente, era um touro diferente. Embora uma espécie marcada pelo sofrimento tipicamente espanhol, imputado pela falta de misericórdia de um povo acostumado com a espada no lombo dos tristes e encurralados animais no meio das arenas, havia uma esperança para a espécie nos olhos passionais e jamais indolentes do valente Aldebaran. A marca da justiça era estampada em seu semblante. E o estandarte da paz era erguido pelos braços vigorosos do implacável guerreiro de chifres. A estrela Máxima da Constelação de Touro que um dia havia abandonado o seu próprio nome para ser a protetora da segunda casa do Zodíaco de ouro. Antes João Ribeiro Barbosa da Silva, agora era o valente guerreiro que simbolizava a segunda constelação regida pelo sol. Em sua alma, a determinação de jamais desistir, típica dos habitantes de sua terra... |
[Off]: Continua… vez de vocês. Depois a gente marca o lugar comum e geral se encontra. Aldebaran em uma missão do santuário, lutando contra um monstro que estava enchendo o saco no Mar Mediterrâneo. |